sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A mulher do viajante do tempo

Título: A Mulher do Viajante do Tempo
Autora: Audrey Niffenegger.
453 Páginas
 Suma das Letras


Viagem no tempo

Junho foi o mês que eu mais gostei do Desafio Literário 2012, pois ele me permitiu ler uma obra que eu verdadeiramente amei. A mulher do viajante do tempo conta a história de Henry e sobretudo de Clare. Por causa de um problema genético não completamente esclarecido por médicos Henry viaja pelo tempo. De repente ele esta num local e puf some e reaparece em outro lugar nu , e sem mais nem menos, puf, ele retorna ao presente(ou passado, ou futuro) sem que possa controlar isto.
O meu grande problema com o tema de junho, era ter que cair em algum livro de ficção cientifica, que definitivamente não é o meu predileto. Não gosto de ficção científica justamente porque além de ser tudo muito inverossímil, geralmente os autores recheiam o livro de matemática química e física que na verdade só serve pra mostrar os pseudo cultos que eles são, e não acrescentam em nada na história.
Mas A mulher do viajante do tempo não pode ser uma  ficção cientifica ele tenta ser tão real que fica difícil não imaginar que num futuro não muito distante nossos trinetos(talvez) terão um distúrbio semelhante ao de Henry , além disso é imbuída de um romance tão verdadeiro, e não só entre os personagens centrais, todas as pessoas que cercam a vida de Henry e Clare de alguma forma acabam tornando-se cúmplices dos dois, cúmplices do amor.
Eu ri bastante em muitos trechos, chorei muito em outros, sofri antecipadamente pelo fim que se anunciava e fui muito feliz em ter feito esta escolha para o mês.
Bem, quanto a leituras eu não posso reclamar, este ano foi muito bom.
Também não posso ficar dando muita opinião sobre a mulher do viajante do tempo, primeiro porque como eu mesma disse , fiquei extremamente apaixonada pela historia. Segundo porque se eu ficar falando muito eu vou entregar os pontos, já que segredo não é o meu forte! A única coisa que eu posso adiantar é que no começo é um pouco difícil de entrar no ritmo da historia, mas uma vez que ela te absorve, bem, ela te absorve! ;)

Avaliação 5 / 5

PS: Será que fui muito tendenciosa na minha op9iinião? Hehehe

PS2: Também li A viajante do tempo da série Outlanders mas só vou dar a minha opinião de pois de ler o 2° livro, quero ver se as historias podem ser lidas em separado ou se a cronologia da série é fundamental para o entendimento.

Este post faz parte do Desafio Literário cujo tema para o mês de junho é "viagem no tempo"

Cotoco

Titulo: Cotoco
Autor: John van de Ruit
389 páginas
Editora intrínseca

È complicado pra mim, imaginar um garoto de 13/14 anos escrevendo um diário. Na verdade pra mim é complicado imaginar um garoto de qualquer idade escrevendo um diário. Diário parece uma coisa tão feminina não é mesmo? Ou só precoceito meu talvez.
Mas o de Cotoco é encantador, chorei de tanto rir e confesso que chorei de emoção em alguns momentos também.
Cotoco é um adolescente sul africano de 13 anos que esta indo estudar em um internato para garotos no ano de 1990, lá ele conhece mais sete garotos que com ele vão formar os Oito Loucos (um bando de garotos com o mais variados tipos de loucura que inventam qualquer coisa pra quebrar a monotonia da escola) e viver aventuras inesquecíveis, ridículas e muito engraçadas.
O livro gira em torno de coisas normais da adolescência, a montagem da peça da escola, as paixões da adolescência, as amizades e as loucuras que todo adolescente comete (com uma dose a mais de loucura é claro!)
Também aborda questões da África do Sul que ocorriam naquele momento como a libertação de Mandela, o apartheid e a guerra civil anunciada, porém de uma forma muito obtusa, afinal é a visão de uma garoto de 13 anos, que não deixa de ser interessante, mas esta longe de servir como um guia histórico da época.
Bem, cada livro reflete o momento pelo qual passamos, e por isso cada vez que lemos um livro temos uma visão diferenciada do resto do mundo, isso é mágico, as palavras tem um poder diferente sobre cada pessoa. Cotoco é engraçadíssimo, isso é o que a maioria diz, e eu concordo. Mas mais do que rir, Cotoco me fez ficar nostálgica, muito nostálgica. Todas aquelas “aventuras”, as conversas, os sentimentos, a relação com os professores e com os pais pirados, o trote no dia do aniversário, e todo o resto me fizeram lembrar a minha própria adolescência. Acho que fui a ultima geração que pude ter um pouco de contato com o mundo real, depois só vieram às gerações de MSN, Orkut, Playstation, e toda essa parafernália, que provavelmente não tiveram muitas aventuras iguais a de Cotoco, que provavelmente nunca vão saber qual é a alegria de escrever uma carta, que talvez nunca tenham a oportunidade de dançar juntinho porque é careta, de receber e praticar bulling na mesma proporção, porque na real, não tinha maldade assim e a gente tinha certeza que ninguém ia entrar na sala com um revolver no outro dia(o máximo que podia acontecer era vir com aquelas bombinhas fedidas que faziam o professor cancelar as primeiras aulas).
Cotoco me deu saudade de tudo àquilo que eu vivi que era careta, que era mico, mas era o máximo, porque foi minha história e eu sou o que sou por causa disso tudo.
Ao mesmo tempo me deu uma pena dessas gerações que estão crescendo e das que estão por vir ainda, do que eles não vão poder viver em troca de uma tecnologia que a gente não teve, e pra falar a verdade, não sei se é uma troca justa.
Poxa eu saí totalmente do foco, talvez seja a idade chegando...
O livro é muito bom e deixo como recomendação pra quem vai participar do DL2013 em fevereiro, vai rir muito, é isso!

Avaliação 4/5

Ps: quero deixar claro que não sou a favor de bullying e nem quero incentivar, mas quem viveu no meu tempo(que nem faz tanto tempo assim) sabe a diferença né?!

PS2: Cotoco me lembrou muito o “Diário da Princesa” numa versão masculina, seria bom se saíssem mais uns 10 volumes da obra também!

Este post faz parte do Desafio Literário cujo tema para o mês de novembro é "escritor africano"

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A Lista de Schindler

A Lista de Schindler
Thomas Keneally
380 páginas
Editora Record
Não é segredo pra ninguém o fascínio que tenho pelo “Holocausto”, pelas histórias de sobrevivência e de morte que colocam em evidência os erros e acertos da humanidade neste período.
Por outro lado sempre fico com um pé atrás com os ditos “salvadores” do holocausto(e de qualquer coisa pra ser sincera!), às vezes penso que eles não fizeram mais do que a obrigação afinal o que se deve eleger quando a vida e a morte de outras pessoas é uma questão de escolha nossa? Mas às vezes, quando paro pra refletir, não consigo me imaginar fazendo minhas escolhas em meio a tanta injustiça, se o futuro de outras pessoas estava nas mãos dos heróis do holocausto, o próprio presente deles também andava em uma corda bamba que podia balançar muito por qualquer atitude errada.
A figura de Schindler é no mínimo excêntrica no meio de tudo isto, é o famoso bon vivant que de repente se vê forçado a decidir o futuro das pessoas ao seu redor. Pra mim é muito difícil aceitar que ele poderia ter se omitido, afinal pra mim é normal que sejamos todos iguais e que nossas vidas tenham o mesmo valor.  Mas não me é indiferente o fato de que Oscar Schindler era de uma tamanha sensibilidade, já que o comum na época era ele se julgar melhor e deixar o barco correr. E não, não me ajudou a desmistificar o herói do Holocausto, pois Oscar era totalmente incoerente, se por um lado ele ganhou muito dinheiro com a guerra, por outro ele gastou muito em beneficio dos judeus, se ele tinha círculos de amizade com os mais altos oficiais alemães, ele também era considerado amigo pelos mais esfarrapados dos judeus. Um verdadeiro paradoxo.
O livro é forte do começo ao fim, com momentos de tirar o fôlego iguais aos que grandes clássicos de aventura podem proporcionar, só que há uma diferença, tudo aconteceu, tem momentos terrivelmente tristes e nojentos onde nos perguntamos qual é o limite máximo de maldade a que um ser humano pode chegar?
Bem, não quero falar muito sobre a historia do livro em si, penso que cada um deve ler e tirar suas próprias conclusões, aliás mais um livro que deveria ser leitura obrigatória nas aulas de história.  Perdi tanto tempo tendo que decorar datas inúteis, e me pergunto: será que ainda fazem isso com as crianças?!
Assisti ao “Menino do Pijama Listrado” no domingo e nos extras há uma entrevista em que falam da importância de manter viva a história do holocausto pras novas gerações que não viveram isto, que não tiveram contato e não estão mais ouvindo estas histórias, eu também faço parte de uma geração que não viveu o Holocausto mas pretendo manter vivo os erros que cometemos, só assim temos uma chance de não tornar a cometê-los.
É isso
Bjocas
Avaliação 4/5
Este post faz parte do Desafio Literário cujo tema para o mês de maio era Fato Histórico

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Jhonny Cash

Johnny Cash: uma biografia
Autor: Reinhard Klust
207 páginas
Editora 8 inverso

Quando eu era criança (5-6 anos) adorava gibis (meu marido diz que tem que falar “história em quadrinhos”, pois “gibi” em outros estados tem outro significado, confere?), Turma da Monica, Tio Patinhas, Seninha e até a Bíblia em quadrinhos eu tinha, à medida que fui amadurecendo comecei a criar amor pelos livros e me afastando dos gibis, mas sempre que pego um nas mãos é impossível não ler, inclusive os que eu compro pro meu sobrinho eu devoro antes de entregar pra ele, hehe.
Enfim, por tudo isso eu pensei que seria fácil o desafio de outubro, e por um lado até foi, mas não tão molezinha assim. Em primeiro lugar porque os Graphic Novel são muito caros e eu não tinha intenção de gastar com isso (afinal o desfio é pra enriquecer culturalmente e não empobrecer financeiramente né?), a minha opção então era procurar nas bibliotecas, e também não é tão fácil assim de encontrar e por último pro que eu pensei que seria como ler um gibi, mas pode acreditar, não é!
Mas voltando a biblioteca, a primeira dificuldade é procurar os GN, pois eles não são catalogados em sua maioria, a maior parte é misturada com os gibis. Como eu não queria procurar resumi a minha escolha aos que estavam catalogados: Sandman, alguma coisa da Maitena e Jhonny Cash, só! Nenhum dos que estavam na minha lista eram disponíveis. Eu já tinha lido algo da Maitena e não achei próprio para o desafio, não queria ler Sandman então só me sobrou Jhonny Cash.
Leitura fácil e rápida (li durante uma viagem a Serra do Rio do Rastro, vou fazer um post especifico sobre isto), o grande problema foi que eu não sabia nada de Jhonny Cash antes disso, então fiquei sem uma base pra poder me inspirar e comparar a trama do texto. É uma biografia bem comum pra ídolos musicais, garoto pobre que se encontra na música e acaba encontrando nela a solução pros seus problemas, mas como acaba quase sempre acontecendo com as estrelas musicais, eles são cheios de uma falsa autoconfiança que acaba levando eles para as drogas, sejam elas bebidas, entorpecentes ou medicamentos. Com Jhonny não foi diferente, tudo isso entremeado com históris de amor, de perdas e de grandes sucessos e narrados do ponto de vista de um prisioneiro de  Folsom onde Cash se apresentou e teve uma de suas canções gravadas, este prisioneiro(creio eu fictício) acreditava na compaixão de Cash por prisioneiros por saber que Cash já tinha estado na cadeia. E assim Cash realizou concertos em várias prisões.
Enfim, na verdade penso que fiz uma péssima escolha pra entrar no mundo dos GN, não simpatizei muito com a história de Cash, e nem com o fato de o livro ser todo desenhado em preto e branco (o que esperar do “homem de preto”?), acho que vou demorar um pouco pra me aventurar por esses lados novamente.
Contudo eu recomendo, pra quem já gosta de GN ou esta acostumado com desenhos com traços menos convencionais, vai nessa!

Avaliação:2/5

Bjocas

PS: Desculpem não ter imagem, bati tantas fotos na viagem e nenhuma do livro aff, falha minha, prometo compensar com fotos da Serra, linda!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Nuvem de pássaros brancos

Nuvem de pássaros brancos(também traduzido com o título “Mil Tsurus”)
Yasunari Kawabata
211 páginas
Editora Opera Mundi
Este livro conta a história de um jovem descobrindo os caminhos do coração, as desilusões da vida e as várias faces do amor Kikuji tem sua vida marcada pelas traições matrimoniais de seu pai que já morreu há algum tempo, uma dessas ex-amantes, por ter sido trocada é amarga e tenta arrumar um casamento para o rapaz como forma de reparar seu próprio destino, uma outra mulher que foi a última amante de seu pai, e sua jovem filha, também aparecem na historia e dão a ela um contorno em que passado presente e futuro se chocam e se confundem a ponto de embaralhar os sentimentos de todos os envolvidos.
É muito complicado de entender este livro, não pela historia em si, mas por se tratar de um romance oriental escrito em outra época, nossa cultura hoje ainda difere muito da oriental, e conseguir transportar isto pra outra época pra mim é transcendental, é praticamente impossível, os valores eram outros, os sentimentos tinham intensidade diferente e as próprias pessoas tinham uma visão diferente de mundo. Portanto não consigo entender aquilo que o escritor queria deixar subentendido, não consigo dar um significado pra o que fica escrito nas entrelinhas do romance.
Acho que não me aventuraria de novo num livro como este, tão distante da minha realidade e impossível de ser alcançado, ao menos pra mim, e acho que não indicaria este tipo de leitura pra outras pessoas, mas felizmente todos temos gostos diferentes e deixo este indicado para aqueles que diferente de mim não se confundem tanto com as diferenças culturais e temporais.
 Avaliação: 2/5

Esse post faz parte do Desafio Literário cujo tema para o mês de abril era escritor(a) oriental

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Estou voltando

Ensaiei vários posts, explicando o motivo da minha ausência, pedindo desculpas, prometendo uma volta triunfal e tudo mais.
Mas, na boa, prefiro só dizer que estou voltando e vou tentar ficar
Obrigado a todos que continuam visitando o blog mesmo neste longo período de ausência, espero que vocês gostem das modificações que estou programando, mas antes disso, espero que eu consiga implantá-las

Bem vindos a um novo recomeço

Bjocas

sexta-feira, 30 de março de 2012

Os Crimes ABC

Os Crimes ABC
Agatha Christie
Circulo do Livro
214 páginas


Nem vou pedir desculpas pelo sumiço novamente, porque vocês já devem estar ficando de S*** cheio disso mas eu deixo aqui minha promessa que estou me cuidando pra levar mais a sério o blog a partir do 2° semestre.
Quando surgiu o tema de março do Desafio Literário eu logo pensei vou incluir da Agatha, afinal a dama do crime é maravilhosa, e o resultado não poderia ser diferente: surpreendente!
Gente, eu estou gripada e com febre, por isso não vou me alongar muito, ok? Este livro da Agatha é tão maravilhoso quanto os outros, para quem já teve oportunidade de ler a obra da autora, sabe o quanto ela consegue nos prender no enredo, na tentativa inútil de conseguir desvendar os crimes. Esse livro em especial tem um desfecho muito interessante, pois quando você acha que todas as cartas já foram colocadas na mesa, Poirot, o tão amado e odiado Poirot, vem com sua pequenas idéias e muda tudo o que se tinha por certo até então.

É isso,

bjocas